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quinta-feira, outubro 22, 2009

Sabe o que me cansa? São essas suas palavras que eu tenho que arrancar do meio da tua garganta, criança! Que eu tenho que trazer de dentro do teu peito perfeito...
Mas eu aqui, largada num canto desse apartamento: eu choro mais, eu choro menos. Tanto faz, você, você não vem mesmo.
Mas eu aqui, eu aqui morrendo - desaparecendo como uma foto de Polaroid, eu morro mais ou morro menos. Tanto fez, você não veio mesmo.
Sabe o que me mata? São os teus olhos de vidraça fosca embaçada à jato de areia de onde não mina uma lágrima, teu olho turmalina, pedra muito negra como esse tal amor por mim.
Mas eu aqui, largada num canto desse apartamento: eu choro mais, eu choro menos. Tanto faz, você, você não vem mesmo. Mas eu aqui, eu aqui morrendo, desaparecendo, como uma foto de Polaroid: eu morro mais ou morro menos. Tanto fez, você não veio mesmo.
Sabe, eu odeio, odeio adorar teu jeito simples de viver. Ver você sorrindo assim loucamente quando estou aqui presente. Sentir as tuas pernas trêmulas depois do prazer satisfeito. E é por isso que eu não aceito, eu não aceito não, ver você assim retrocedendo, abrindo mão dos sonhos, fantasias por essa covarde covardia. Muito menos pagando o preço dos nossos pecados nem se fosse dez centavos.
Mas eu aqui, largada num canto desse apartamento: eu choro mais, eu choro menos. Tanto faz, você, você não vem mesmo. Mas eu aqui, eu aqui morrendo, desaparecendo, como uma foto de Polaroid. Eu morro mais ou morro menos. Tanto fez, você não veio mesmo. Não veio...

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Eu tava aqui tentando não pensar no seu sorriso, mas me peguei sonhando com sua voz ao pé do ouvido e te liguei. Me encontro tão ferida, mas te vejo ai também em carne viva. Será que não tem jeito? Esse amor ainda nem nasceu direito, pra morrer assim.
Se você pudesse ter me ouvido um pouco mais. Se você tivesse tido calma pra esperar. Se você quisesse poderia reverter. Se você crescesse e então se desculpasse.
Mas se você soubesse o quanto eu ainda te amo! É que eu não posso mais...
Não vou voltar atrás, raspe dos teus dedos minhas digitais. Eu não vou voltar atrás!
Apague da cabeça o meu nome, telefone e endereço...
Eu não vou, eu não vou voltar atrás, arranque do teu peito o meu amor cheio de defeitos...
Me mata essa vontade de querer tomar você num gole só. Me dói essa lembrança das suas mãos em minhas costas sob o sol da manhã. Você já me dizia: conheço bem as suas expressões. Você já me sorria ao final de todas as minhas canções. Então por que?

(Foto Polaroid/Digitais - Isabella Taviani)