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quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Preciso me encontrar

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...

Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver...

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Depois que me encontrar...

Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver...

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...

Deixe-me ir preciso andar
Vou por aí a procurar
Sorrir prá não chorar
Deixe-me ir preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...

Não há nenhuma razão clara para uma troca de ciclo e mesmo assim os círculos giram com força em torno da minha cabeça. Uma madrugada é só uma madrugada e - a essa altura da vida - botar a cara a tapa e escrever assim, ao vivo, a cores e em público é para exercitar a coragem que me falta na vida todos os dias, meses e anos que tão-de-repente-que-nem-sente vão passando.

Eu ainda não posso me colocar nem na crise dos vinte, Cora Rónai, mas posso dizer que nasci em crise nessa vida. (Como todo mundo deve tê-lo feito.) E com uma mania chatinha e birrenta de bater o pé e sempre fazer o que eu quero - esquecendo a volatidade que esse verbo tem. Ou mesmo efemeridade. Aí fica assim, oscilando numa detestável roda gigante, agora eu quero, agora eu não quero. Como uma criança a quem ficou faltando trabalhar o controle das pulsões, não é amigo freud?

O que falta eu sempre soube: falta alguma coisa transcendental que dê conta dessa angústia de estar viva - exatamente essa coisa clichê que no fundo significa que eu nasci sem o talento para o sucesso literário que eu tanto esperei.

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Sinto encanto

Eu ouço sobre o amor e me calo
Eu não quero nem saber
O que me espera
Eu acelero
Tomo um gole do que eu não conheço
E meu primeiro porre
Será um mistério imenso
Eu vim do avesso
Reverso do que era aceito
Ninguém sabe tudo
Nada é perfeito

Eu escuto fora
Com o ouvido de dentro
Eu me alimento
Do meu silêncio
E canto
Porque sinto um encanto
Sinto e canto

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Funciona assim: eu me ponho de castigo e espero que algo aconteça por si. Não acontece. Eu me revolto como qualquer criança de castigo e a raivinha me faz improdutiva. Não faço nada, não vivo nada e fico com uma descrença contagiante de mim mesma. O desespero inerte.

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Acho que vou imitar a Martha Medeiros e me dar um recesso até o Carnaval - também sou filha de deus e tenho alguns planos para as primeiras férias de verdade da minha vida! Se mudar de ideia eu volto.