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quinta-feira, agosto 14, 2008

Vai, me arranca um poema!
Me arranca no suspiro da pele sob seu toque macio...
Vem, arranca esse poema dos meus olhos,
arranca esse umidecer
que nunca explode em lágrima inteira.
Arranca esse poema preso na garganta,
arranca junto com os gritos de prazer.
Arranca essa sensação que me arranha o peito,
arranca essa metade, essa leveza:
transforma esse instante bonito no grito intenso.
Tira de mim esse cheiro de sexo grudado no suor,
impregnado em mim de um jeito
que já me parece impróprio suar se não for por orgasmo
Tira seu pau da minha boca,
arranca esse gosto de porra
e vê se eu cuspo poesia!
Arranca minha roupa, meu ar, sei lá...
Leva tudo!
Mas não leva esse poema não.
Deixa eu guardar a poesia disso
só aqui dentro de mim.

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