As rugas que ainda são invisíveis aos olhos se deixam mostrar despudoradas nos meus silêncios gráficos. Digo isto porque em paralelo à minha incomunicabilidade escrita, percebi que tenho aprendido a conversar. (E sem terapia! clap clap). A opção constante pelo assunto cíclico textual é um indício de que estou aprendendo a falar o que sinto. Encontrei alguns caminhos no que antes eram trilhas apagadas no meio da floresta densa e escura.
A tal da maturidade abriu um clarão onde antes só haviam metáforas, as quais nem desapareceram por completo, como vocês podem ver. Há menos floreios e uma certa possibilidade de enxergar coisas antes embaçadas pela paisagem densa. Algum obstáculo que embotava a ação foi (cor)rompido e agora há em seu lugar o vislumbre, ainda que longínquo, de horizontes cujo descampado desperta essa vontade de decorar a alma que ficou um pouco ressequida pelo vento forte.
A ventania passou e é hora de aproveitar o terreno vazio. Além do que, como todos os anos acontece, as tardes de sol a pino já entram pela minha janela (essa sim diferente) e deixam um involuntário melhor-sorriso no meu rosto.
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