Fechou diferente. Coisa completamente outra, assim como correr correr correr, correr por horas, subindo ladeira e chegar lá em cima sem fôlego, sem nem saber em que pensar, o que fazer. Não há o que fazer, nem mais para onde ir. Respiro fundo e olho para baixo com um orgulho inconfessável de mim mesma. Foi. Acabou - e nem é verdade ainda.
E parece que quando acaba a gente só pensa no começo. Nas expectativas que eram apenas expectativas e em tudo o que aconteceu depois. Aconteceu tanta coisa desde que eu só queria dormir tranquila. Aconteceu uma espécie de vida, história, estória, História. E não aconteceram tantas outras. Frustraram-se tantos planos, montanha-russa-viva. Tantas pessoas espaços, pensamentos - tantos pen-sa-men-tos.
Nem saberia dizer quem era aquela pessoa que chegou u9am dia tão certa de tudo o que queria querer pelos próximos tempos. Os quereres, os seres, os (a)fazeres e os víveres mudaram tanto. Eu mudei tanto - constatação estranha de cada dia. E fico pensando que se alguém me dissesse, quer dizer, se alguém dissesse praquela garotinha-esperando-o-ônibus-da-escola-e-rezando-baixo-pelos-cantos-por-ser-uma-menina-má. Se alguém dissesse a ela que seria assim... Fico pensando em todas essas coisas que não é possível saber, prever, dizer - eu fico sentindo um montão de coisas. E sabendo que ainda tem muito ainda o que querer e ser. Eu quero.
in-crí-vel
ResponderExcluirParabéns quase-adulta, quase-graduada!
Parabéns Eliza!