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quinta-feira, maio 27, 2010

Memoração da existência

É sempre tão sintomático.
Explode pelo mesmo ponto,
espirra pelo mesmo poro.
Todas as coisas
às quais não se pode dar nome
corroem as paredes das vísceras,
formam um bolo estacionado.

É também sintomático,
as membranas se alargam
para um parto difícil.
Algo que se rompe,
uma lagarta que enfim se transforma.

Uma volta se completa
e transmuta de estação.

Os ciclos se rompem:
transformam-se
(em espirais novas e coloridas).

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