Não é uma questão de sentimento. É orgânico. É um (des)equilíbrio químico. É a onda cíclica (?) que assombra em períodos eventuais e vem dizer que vontade não é uma questão de escolha. É a pulsão freudiana no sentido de que pode ser resolvida com pílulas mágicas - vai depender da dosagem o veneno-remédio.
Ela faz a revolução sem saber que sentido usa para a palavra. Muda tudo sem saber que volta para um mesmo lugar - a cada volta aperta mais. Um mesmo ponto e pela mesma razão. Alguns sabem que não é ela que determina a tal da humanidade, nenhuma outra coisa que não aquela habilidade de pegar um objeto com os dedos em oposição.
O que isso significa? Que talvez não dê mesmo para pegar nas mãos o tal do controle da própria vida. Não dá mesmo para achar que é só escrever o roteiro - é outra pessoa quem vai filmar, são outros os que vão cuidar da fotografia, da iluminação, da trilha sonora, da atuação e até mesmo da escalação do elenco.
Não é só o tempo a areia seca que escorre por entre os nosso magníficos polegares opositores.
Pequenas faltas de sentido e a gente vai para onde tiver espaço, para onde nos levam os meios de transporte.
Querendo viver sempre em alta velocidade só para ter o vento no rosto. O perigo é não saber medir os perigos na hora certa. A velha história da altura do tombo.
Mas para quem crê que não há caminhos, esse é o único caminho.
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