Falta a abdicação do ofício. O arregaçar as mangas e assumir o esforço - e depois o risco. Falta entender que escrever é reescrever, treescrever, talhar palavras num trabalho que não tem a beleza, a áurea que se imagina. A vida mesmo não tem. Não tem glamour no processo. Falta a conformação para encontrar a beleza pura, a beleza real de assumir as próprias imperfeições. Como olhar no espelho, como ver surgirem os calos nos dedos, as olheiras nos olhos.
Como um exercício escolar, diferenciar a estética do belo. Aprender a função que têm nas palavras e que função não se desprende do maior.
(E eu tão pequenininha...)
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