Acordada sob um balde de água fria, ela não soube fazer nada diferente de buscar os esquecimentos de costume. A pele gelada de susto, os poros eriçados em alerta, os olhos ainda cambaleantes. Sacudiu o corpo todo num calafrio involuntário, tentativa de recobrar o ritmo. Piscou lentamente tentando entender o que lhe faziam.
Quis se encolher sob uma coberta já inexistente, aconchegar-se num colchão agora molhado e tão rápido! frio.
Ainda deitada, olhou para a madeira escura da porta imaginando o que estaria do outro lado. Não teve coragem de levantar e abrir.
A falta de coragem não é só dela...
ResponderExcluireu também não iria levantar para abrir! Onde estava já não parecia seguro, a imaginação nessas horas não é boa companheira...