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quinta-feira, setembro 18, 2008

Carta pública a um fim sem começo

"E se falasses magia, sonho e fantasia
E se falasses encanto, quebranto e condão
Feitiço, transe-viagem, alucinação
Não te enganarias"
(Bandoleiro, Ney Matogrosso)

(Ou nome próprio das coisas imperdoáveis)

Após tempos e tempos, enfim, voltando a conviver comigo. De certa forma, de bem com minhas esquizofrenias, com minhas múltiplas máscaras e faces - e até mesmo com minha artificialidade e as situações com as quais eu continuo sem ter dedos para lidar, sem saber onde ponho as mãos chamuscadas do que eu mesma incendiei. E até mesmo com a mente que se aprende a ordenar no papel de um jeito (quase) inteligível.

É isso mesmo: até com as minhas guerras e com os meus fracassos eu, enfim, me conciliei. Desculpa se eu te magoei, é que eu tranquei mesmo as portas dessa vez. E sei, dessa vez, exatamente de que lado cada coisa fica. A isso a gente dá os nomes que quiser - eu liberdade, você medo. O importante é que cada um no seu dicionário e não diga que eu não avisei.

É que eu aprendi a até no meu suicídio preservar uma parte de mim. E por isso saio sempre, ao menos em parte, ilesa. Desculpe dizer sem rodeio. Calar sem rodeio. Desculpe até mesmo rodear tanto para não dizer nada: é que eu não tenho nada mesmo para dizer.



*Editado em 19 de outubro de 2012.

3 comentários:

  1. Estou começando a virar fã.

    E até quarta no saral. Vou até me esforçar para ser um coadjuvante bonzinho, afinal, contos são grande demais para serem lidos...

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  2. Nossa muito bom o texto...
    e me identifiquei muito tambem...
    faço minhas as palavra de mr. durden

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  3. haha, eu tenho vontade de sacanear as pessoas que comentam no seu blog. que má... seus textos tão ficando ainda mais encorpados. ótimos. mas nem tô começando a virar fã... ;)

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